ECONOMIA

Pedidos de falência caíram 30,3% em outubro, mas o quadro ainda é preocupante nas empresas brasileiras

 

 
 
Os pedidos de falência no Brasil caíram 30,3% em relação ao mês anterior, mostraram os últimos dados relativos ao mês de outubro, divulgados pela Boa Vista Serviços, empresa de informações de crédito com abrangência nacional. Esta pesquisa revelou ainda que, no acumulado de 12 meses, de novembro de 2018 até outubro deste ano, os pedidos de recuperação recuaram em -5,4% na comparação com igual período anterior.
Também houve queda nos pedidos de falência, que foram reduzidos em -3%. E as falências decretadas caíram em -8,1%. A tendência de queda nos pedidos de falências e recuperações judiciais aconteceu pela melhora das condições econômicas, que permitiu sinais positivos nas empresas.
Mesmo assim o advogado empresarial, Thierry Phillipe Souto, especialista em recuperações judiciais, recomenda prudência e atitudes preventivas: “Esta tendência de crescimento ainda depende da evolução da atividade econômica, daqui para a frente. O crescimento das vendas pode reduzir o risco de inadimplência e falências. Mas a tendência de melhora ainda não é uma certeza no atual quadro econômico. E muitas empresas já estão se antecipando com providências neste final de ano, para começar 2020 com as dividas sob controle. Como diz o ditado popular, não vá de encontro à maré”, afirma ele.
O advogado acredita que a expectativa para o ano que vem é melhor, apesar das constantes surpresas no campo político nacional. E acrescenta: “Entre trancos e barrancos, a economia está dando os primeiros sinais de otimismo. As reformas que estão por vir em 2020, como a tributária, representam a grande expectativa do empresariado brasileiro para simplificar o confuso e incompreensível emaranhado de legislações, que traz  armadilhas complicadoras para o exercício da atividade empresarial”.
Como não é possível ter certeza que tudo seja solucionado ainda neste próximo ano, e a situação econômica é uma incógnita, o especialista diz que o futuro só poderá ser melhor se o empresário se dedicar agora a se prevenir contra o que ainda pode surgir adiante: “Estas ciladas podem ser irreversíveis, desanimando e fechando as portas de empresas. E diante do quadro ainda incerto deste final de ano, os empresários devem buscar apoio para poderem caminhar melhor adiante”.

 

Dr. Thierry Phillipe Souto, especialista em recuperações judiciais de empresas

 

Diante da situação empresarial ainda incerta, Thierry Phillipe Souto defende a ação preventiva: “Tomando a iniciativa de renegociar as suas dívidas, as empresas podem ficar protegidas de surpresas futuras. A recuperação judicial é uma ferramenta que está aí para ser usada, e pode ser o principal diferencial para quem quer tomar uma atitude agora, evitando pesadelos piores mais adiante”.
Pela convivência profissional com empresários em dificuldades, o advogado Thierry Phillipe Souto orienta que eles reorganizem as suas dívidas com urgência. E que procurem prorrogar o endividamento de curto prazo, cortando investimentos desnecessários, evitando  possíveis novos riscos.
“Os pedidos de recuperação judicial, que são frequentes no noticiário econômico, indicam que esta pode ser uma alternativa em fases difíceis”, analisa o advogado. E lembra que a recuperação judicial é uma medida preventiva usada por empresas para seguir com os negócios, contendo as cobranças e reorganizando as suas dívidas: “Empresas que se preocupam com a possível piora de sua situação sempre se adiantam para ficarem mais fortalecidas”, complementa.

 

Thierry Phillipe Souto Advocacia

 

Redação

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