EMPRESAS E EMPREENDEDORES

Na quarta alta seguida, inflação na indústria cresce 1,43% em maio

Os preços na indústria subiram 1,43% em maio, na comparação com abril, influenciados pelas altas nos setores alimentícios, de derivados de petróleo e extrativo. Esse é o quarto mês consecutivo de aumento nos preços na indústria. Com o resultado, o acumulado do ano acelerou de 2,52%, em abril, para 3,99%.

Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje pelo IBGE. A pesquisa mede a variação dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. 

De acordo com o analista da pesquisa, Alexandre Brandão, apesar das taxas elevadas, o índice está em nível menor que no ano passado. “Isso é explicado em parte pelo efeito do câmbio, que tem grande influência nos produtos exportados. Por exemplo, a depreciação do Real frente ao Dólar caiu de 6,7%, em maio do ano passado, para 2,7% neste ano”, ressalta o analista.

A variação de preços de 1,75% na indústria de alimentos, em maio, foi a maior desde dezembro de 2018 (2,03%), influenciada pelos aumentos na soja, carne de aves, açúcar e carne bovina. Com isso, o acumulado no ano saltou de 0,33% até abril, para 2,09%, inferior a maio do ano passado, quando o acumulado estava em 5,39%.

Segundo Alexandre, a alta no grupo foi determinada pelo aumento das exportações de soja, em razão da quebra de safra nos EUA, devido ao excesso de chuvas, e pelo crescimento nas exportações de carnes, por causa da gripe suína na China. “Além disso, o índice de preços desses produtos é impactado pela depreciação do Real frente dólar”, explica Alexandre.

No setor de derivados de petróleo e biocombustíveis, os preços variaram 3,28%, tendo destaque os aumentos da gasolina e óleo diesel, com o acumulado no ano chegando a 19,90%. Já o resultado da indústria extrativa (6,50%) foi definido pelo minério de ferro e extração de petróleo. “Nesses casos, o aumento é reflexo da variação de preços no mercado internacional”, conclui o analista da pesquisa.

Entre as grandes categorias econômicas, maio registrou altas de 1,27% em bens de capital, de 1,81% em bens intermediários e de 0,92% em bens de consumo, sendo de 0,14% em bens de consumo duráveis e de 1,08% em bens de consumo semi e não duráveis.

IBGE

Redação

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