GERAL

Crise econômica causada pela pandemia obriga empresários a mudarem o modelo de gestão

 

 

As empresas agora dão mais atenção ao controle de gastos, ao quadro de pessoal e a renegociação de dívidas
A crise econômica iniciada após o anúncio da pandemia da Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde, em março do ano passado, mudou muitos hábitos administrativos dos empresários brasileiros. Na média eles passaram a ter mais atenção ao controle de gastos, reduziram o quadro de pessoal, encolheram as atividades e renegociaram as dívidas. A análise é do advogado Thierry Phillipe Souto, especializado em Direito Empresarial.
Ele diz também que os empresários agora estão mais atentos ao cenário nacional, para poderem alterar o planejamento a cada fato novo da economia: “Os empreendedores são forçados a reorganizar as suas dívidas, prorrogando o endividamento de curto prazo, cortando investimentos desnecessários e evitando possíveis riscos. Os pedidos de recuperação judicial, que se tornaram frequentes no noticiário econômico, mostram que esta foi uma alternativa muito utilizada nesta fase”.
O advogado explica que a recuperação judicial, que está sendo mais procurada agora, é uma medida preventiva para as empresas poderem seguir com os seus negócios, contendo as cobranças e reorganizando as dívidas: “Empresas que se preocupam com a possível piora de sua própria situação, se adiantam por garantia”.

 

 

Com as reações da economia indicando chances de recuperação, as empresas também precisam dar mais atenção aos seus cadastros, já que 50% das causas de rejeição em créditos surgem das dívidas pendentes em nome destas empresas, afirma Thierry Phillipe Souto. E complementa: “O crescimento das dificuldades alertou a muitos empreendedores. E as pequenas e médias empresas estão dando mais atenção aos riscos e procurando assessorias jurídicas preventivas. Desta forma fecham contratos mais claros, que evitem estas situações”.
Ele diz que há muitos casos de contratos mal redigidos ou copiados da internet pelas próprias partes, que ainda podem trazer mais problemas para as empresas: “Somente bons contratos garantem uma atividade tranquila. E também permitem a reversão jurídica de eventuais impasses comerciais. Estes contratos devem ser definidos antes de se firmar qualquer relação empresarial, garantindo segurança jurídica e ganho de tempo e dinheiro, com maiores chances de sucesso, ao final de um eventual processo”.
O advogado Thierry Phillipe Souto acrescenta que a rotina das pequenas e médias empresas é mais corrida porque geralmente o dono também executa tarefas administrativas e comerciais. E isso atrapalha a sua atenção para as relações empresariais, incluindo os contratos: “Com a rapidez na troca de mensagens por e-mails e aplicativos, muitos empresários acreditam que estão seguros em suas negociações. E pensam que tudo já está documentado nas mensagens digitais, que seriam uma garantia. Mas a realidade é que as garantias, direitos e deveres entre as partes só estão em contratos com os acordos realmente formalizados e assinados pelas partes envolvidas”, finaliza.

 

thierrysoutocosta.com.br

 

Redação

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