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As tendências para as próximas eleições no Brasil

 

 

Professor de marketing político no Centro de Inovação e Criatividade da ESPM e com diversos cursos publicados na plataforma Presença Online, Marcelo Vitorino é reconhecido hoje como a principal referência na área de comunicação política digital.

 

Com experiências em diversas campanhas políticas pelo Brasil e acompanhamento estratégico da gestão de Deputado Federais, o especialista, que também atuou na campanha eleitoral de 2018, analisa as tendências do mercado político-eleitoral brasileiro.

1) Pautas Conservadoras

A primeira tendência é a volta de discussão de pautas conservadoras no Congresso, que envolvem temas como legalização do aborto, descriminalização da maconha e casamento homoafetivo. Para Vitorino, essas discussões devem voltar à tona criando também a oposição ao conservadorismo. “Se há alguns anos as forças se baseavam na disputa ‘social’ e ‘liberal’, a tendência agora é ‘conservadorismo’ X ‘anticonservadorismo’”.

2) Financiamento de campanha

Outro ponto, trazido pelo especialista é o financiamento político-eleitoral. Para ele o fundo eleitoral tende a diminuir e o movimento é a doação corporativa voltar para a discussão na próxima reforma eleitoral, com chances de ser aprovada diante de novas regras.

3) Uso de vídeos

O aumento de uso de vídeos como forma de comunicação com os eleitores é destacado como a terceira tendência para os próximos pleitos. Nessa dimensão, Vitorino explica que é necessário não confundir espontaneidade com amadorismo. “O vídeo tem que parecer amador e isso exige um bom nível de profissionalismo na escolha de ângulo, câmera, iluminação”.

4) Menos marketing

O quarto movimento é o marketing dando lugar à comunicação. Com a redução do tempo de campanha – o período eleitoral -, momento da implementação das estratégias de marketing, o mais recomendado é trabalhar a formatação da mensagem única durante o período que antecede a campanha. “Isso é comunicação, não é de uma hora para outra, é construído durante os anos anteriores”.

5) Regionalização do discurso

A última tendência é a da regionalização do discurso. “Quem vai vencer em 2020 ou 2022 vai ter criado além de uma mensagem única, uma mensagem regionalizada, segmentada”. Para Vitorino, confirmado o voto distrital, o Brasil terá menos candidatos pautados em segmento e mais candidatos pautados pela segmentação regional. “Alerto isso em todas as aulas. Fazer uma comunicação segmentada é produzir conteúdos diferentes para cada tipo de público”.

 

Redação

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