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Amazônia em chamas, mobilizações nas ruas

Análise do Greenpeace

 

Com extensas áreas desmatadas e queimadas, não temos nada a celebrar no Dia da Amazônia. Por outro lado, nunca houve tanta gente ocupando as ruas, em dezenas de países, para exigir a proteção da floresta e de seus povos
 5 de setembro é o Dia da Amazônia, cujas imagens nas últimas semanas evidenciam mais o mórbido cinza, sapecado de altas labaredas, do que os seus infinitos tons de verde. Se por um lado, nunca antes na história deste país o clichê “nada a celebrar” fez tanto sentido em relação a esta data, por outro as espontâneas mobilizações realizadas nas últimas semanas evidenciam que cidadãos dos quatro cantos do mundo estão cada vez mais convencidos da necessidade de garantir a proteção desta floresta e de seus povos. E, mais importante ainda, esta proteção é extremamente urgente!
De janeiro a agosto, nada menos que 4,3 milhões de hectares da Amazônia – que é, vale lembrar, a maior floresta tropical do mundo e vital para o equilíbrio climático do planeta -, foram alvo dos 46.824 focos de calor detectados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Destes, bem mais da metade arderam sobre áreas que em 2017 eram classificadas como floresta, consolidando um aumento de 111% no número de focos de calor na região em relação ao mesmo período de 2018.
Preocupantes imagens da floresta em chamas estamparam as capas dos principais jornais nos mais diversos países, revelando os graves impactos da agenda anti-ambiental que o presidente Jair Bolsonaro assumiu para seu governo.
Ao manter suas polêmicas declarações a favor da revisão de terras indígenas e unidades de conservação e da liberação de atividades como garimpo e mineração, o governo acaba contribuindo para agravar o desmatamento e as tensões políticas e sociais que marcam a disputa pela terra na região, campeã de conflitos no campo.
Diante dos fatos e da sua atitude em relação a eles, o presidente demonstra não querer controlar o desmatamento e a destruição da floresta, impedindo o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Brasil no esforço global para evitar o agravamento da emergência climática.
Mas não é isso o que o povo brasileiro quer. Uma recente pesquisa evidenciou que mais da metade da população reprova o desempenho de Bolsonaro na Amazônia. Todo governo deve escutar a sociedade. Por isso, Bolsonaro precisa parar, imediatamente, a destruição da Amazônia.
Ocupar as ruas do mundo todo Pela Amazônia, pelo clima, pela água, pelos seus povos e comunidades, para termos comida no futuro, pelos animais que só existem ali… Motivos não faltam para defender esta floresta, uma das maiores representações da própria vida do planeta e da qual o futuro de toda a humanidade depende.
Em nome da sua proteção, nas últimas semanas, milhares de pessoas foram às ruas em mais de 50 cidades no Brasil e em cerca de 30 cidades em outros países. As mobilizações reuniram gente de todas as idades, religiões e orientações políticas, afinal o que acontece na Amazônia tem impacto na vida de todos os seres deste planeta.
Veja como participar das próximas manifestações pela Amazônia:
No dia 7 de setembro, vamos participar de um manifesto silencioso. Vamos juntos estampar de preto as redes sociais e deixar claro que não aceitamos a morte da floresta. Poste sua foto vestido de preto com a hashtag #LutoPelaAmazônia.
No dia 20 de setembro, será o momento de voltarmos às ruas em defesa da Amazônia durante a Greve Global pelo Clima, uma grande mobilização mundial puxada pelos jovens estudantes, com o intuito de mandar uma mensagem direta e clara aos líderes políticos que estarão reunidos na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque: “não queremos mais suas desculpas, é hora de agir agora ou não haverá futuro!”.

Greenpeace

 

Redação

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