ECONOMIA

Alta na indústria da construção impulsiona empregos, mostra pesquisa da CNI

Sondagem Indústria da Construção mostra também melhora nas condições de negócios, aumento da intenção de investir e elevação na confiança do empresário
A conclusão da votação da reforma da Previdência no Senado representa um importante avanço para o Brasil. Abre espaço político para o debate de outros temas fundamentais, como as mudanças no sistema tributário, as privatizações, a desburocratização, o licenciamento ambiental
A construção civil está em forte ritmo de crescimento e tem registrado índices mais positivos mês após mês. A Sondagem Indústria da Construção relativa a outubro, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra aumento pelo terceiro mês consecutivo  do nível de atividade do setor. Esse aquecimento vem estimulando a alta do emprego, que, em outubro, foi especialmente intensa e disseminada pelas empresas da construção.
De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a série histórica mostra uma curva crescente no índice de evolução do emprego, que, em setembro, já estava alto (50,1 pontos), e em outubro teve elevação de mais de um ponto, atingindo 51,3 pontos. Esta foi a sexta alta seguida. Foram entrevistadas 450 empresas, sendo 152 de pequeno porte, 197 de médio porte e 101 grandes, entre 1º a 12 de novembro de 2020.
“Os dados da Sondagem Indústria da Construção confirmam a tendência de expansão do setor da construção civil, que despontou com bastante intensidade depois de um forte impacto observado no começo da pandemia, especialmente nos meses de março de abril”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI. “É preciso observar, no entanto, que as altas registradas neste momento ocorrem após um momento em que os índices chegaram a um nível consideravelmente baixo”, acrescenta Marcelo Azevedo.
Os índices variam de 0 a 100, sendo que valores acima dos 50 pontos refletem crescimento do nível de atividade e do emprego. E quanto mais distantes da linha divisória de 50 pontos mais forte e mais disseminado é esse crescimento.
Intenção de investir aumenta
A intenção de investir também voltou a crescer. O índice de intenção de investimento registrou 42,4 pontos em novembro, uma alta de 1,5 ponto em relação a outubro. Essa alta retoma sequência de altas que havia sido interrompida no mês anterior. O índice, que havia crescido por quatro meses consecutivos antes de registrar queda em outubro, segue acima de sua média histórica de 34,4 pontos.
Confiança do empresário também tem alta
Os números revelam que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-Construção) voltou a crescer em novembro, para 58,9 pontos, após se manter estável entre setembro e outubro. Houve recuperação da maior parte da confiança perdida em março e abril, mas o índice ainda está inferior aos valores de antes da pandemia, que superavam os 60 pontos. Segundo a pesquisa, a confiança do empresário aumentou principalmente por conta da melhora da percepção dos empresários sobre as condições atuais de seus negócios e da economia brasileira.

 

Inflação da construção fica em 1,29% em novembro
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-Mregistrou inflaçãode1,29% em novembro deste ano. A taxa é inferior ao 1,69% observado em outubro, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O INCC-M acumula taxas de inflação de 7,71% no ano e de 7,86% em 12 meses.
Os materiais e equipamentos registraram inflação de 2,85% em novembro, abaixo dos 4,12% de outubro. Por outro lado, os serviços e a mão de obra tiveram alta da taxa de inflação.
A inflação dos serviços subiu de 0,33% em outubro para 0,73% em novembro. Já a taxa da mão de obra passou de 0,19% para 0,24%.

Índice da confiança da construção cai 1,4 ponto em novembro

Queda foi puxada pela confiança no futuro, diz a FGV

O Índice de Confiança da Construção, medido no país pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,4 ponto em novembro, na comparação com outubro. Foi a primeira queda do indicador, que apresentava altas desde maio e que chegou a 93,8 pontos, em uma escala de zero a 200.

“Após seis meses de alta contínua, a confiança dos empresários da construção recuou, refletindo uma piora das expectativas em relação à demanda e ao ambiente de negócios nos próximos meses. O movimento deu-se nos três segmentos setoriais – Edificações, Infraestrutura e Serviços Especializado – indicando a insegurança com as incertezas elevadas do cenário geral”, afirmou a pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo.

A queda do indicador foi puxada pela confiança no futuro, medida pelo Índice de Expectativas, que caiu 2,9 pontos, passando para 96,2 e voltando a patamar inferior a fevereiro, período pré-pandemia (99 pontos).

O Índice de Situação Atual, que mede a percepção sobre o presente, ficou estável em 91,5 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) diminuiu 1,8 ponto percentual para 72,7%.

Redação

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