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Sebrae elabora protocolo de retomada para pequenos negócios do Varejo da Moda

Com a reabertura gradual de algumas atividades econômicas no país, o Sebrae elaborou um conjunto de protocolos de retomada para 14 macrossetores, que englobam os segmentos mais atingidos pela crise provocada pela pandemia da Covid-19. São setores que, juntos, representam 73% do universo de pequenos negócios brasileiros. Um deles é o varejo da moda, que inclui vestuário, calçados e acessórios, e que precisa retornar de forma segura e com a aplicação adequada de procedimentos de segurança e higiene.
O Sebrae compreende que a liberação do funcionamento dos estabelecimentos depende, fundamentalmente, das condições específicas de cada localidade. Por isso, a primeira grande recomendação é para que os empresários fiquem atentos aos decretos e demais regulamentos vigentes na sua região e caso, exista divergência de informações entre as medidas estaduais e municipais, optem por seguir a orientação mais rígida, de preferência aquelas que estão em sintonia com as recomendações das autoridades oficiais de saúde, como Organização Mundial de Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde, dentre outras.
Para a reabertura das lojas físicas, é fundamental o controle rígido de segurança e higiene tanto para a equipe de colaboradores e fornecedores, quanto para os clientes. Para o coordenador de Comércio e Mercado, do Sebrae/PR, Lucas Hahn, o protocolo de retomada é um instrumento importante para evitar a propagação da pandemia. “É importante que o empresário passe confiança para o consumidor que se dirige até seu estabelecimento. São medidas teoricamente simples, mas que exigem uma rotina de cuidados”, reforça.
Entre elas, ele destaca a disponibilização de álcool em gel 70% na entrada do estabelecimento, nos caixas e em pontos estratégicos; o uso obrigatório de máscaras, tanto dos clientes quanto dos funcionários; a aferição de temperatura dos clientes e evitar aglomerações.
Outra dica é utilização das redes sociais para a propagação de todas as medidas de segurança adotadas. “Neste período de pandemia é fundamental ser minimalista. Quanto menos produtos expostos na loja, mais fácil fica de higienizar o ambiente”, diz. Para isso, é preciso treinar os vendedores para que fiquem atentos em oferecer e informar sobre a existência de outras opções de produtos no estoque.
A quarentena também é válida para as peças de roupas, conforme o coordenador. O ideal é que elas retornem para venda após os cuidados sanitários terem sido atendidos. A higienização também se estende para os vestuários, após cada troca. “O empresário que fizer sempre mais do que o exigido em cada município sai na frente e ganha ainda mais credibilidade do cliente”, reforça o coordenador. O protocolo de retomada do Varejo da Moda aponta as principais recomendações e orientações para a reabertura de funcionamento para os colaboradores, para o local de trabalho, para os clientes e fornecedores.
Em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, a empresária Helen Rose Nery, da Zendha Sport Deluxe, conta que deixou de abrir a loja física antes mesmo do decreto municipal, que determinou o isolamento social por 15 dias na cidade, com início no dia 15 de março. “Quando a reabertura foi autorizada, com escalonamento por setor, resolvi treinar minha equipe para aperfeiçoar o atendimento online, com o objetivo de quebrar a barreira do medo das clientes de receberem as sacolas em casa”, diz.
O treinamento digital, segundo ela, também objetivava deixar o atendimento virtual mais próximo possível dos clientes. Apesar de intensificar as ações nas redes sociais, a empresária não deixou de focar no atendimento presencial, que começou a ser feito com horário agendado e com um cliente por vez na loja. Álcool em gel 70% e máscaras são disponibilizados na entrada do estabelecimento e o provador é higienizado todas as vezes que é usado.
Além disso, todos os sábados, todo o ambiente da loja é higienizado com a máquina de ozônio. Em Ponta Grossa, especificamente, não está proibido provar roupas, por conta disso, a empresária optou por vaporizar cada peça que é provada ou que é enviada para a casa de um cliente. “Temos que ter segurança e evitar tanto um possível contágio dos clientes, como da equipe que compõe a empresa. É um pensamento de zelo estendido a todos”, acrescenta. Para informar os clientes sobre as medidas adotadas, a empresária faz vídeos que mostram que a empresa colocou em prática os melhores parâmetros de segurança em saúde.
Na loja de produtos masculinos Via Romanos, em Maringá, noroeste do Paraná, as roupas que são provadas pelos clientes não voltam direto para as araras. Antes de serem disponibilizadas para outros consumidores, as peças são higienizadas com ferro de passar vaporizador. Na loja, também há cartazes indicando a obrigatoriedade do uso de máscaras e displays com álcool em gel na entrada e em outros pontos.
“Para essa semana antes do Dia dos Pais, prevemos um aumento no movimento da loja. Por isso, vamos limitar a entrada de clientes por vez”, conta a proprietária, Grazziela Braga. Para quem, no entanto, preferir receber produtos em casa, a loja conta com serviço de delivery e, para o Dia dos Pais, oferece máscara de brinde.
Os procedimentos para assegurar a saúde do cliente passam também pelo cuidado com os colaboradores, que praticam o uso de máscara, higienização constante de mãos e equipamentos e o distanciamento. Para transmitir essa segurança, no começo da pandemia a Via Romanos utilizou o WhatsApp para informar o cliente. A próxima estratégia será a produção de um vídeo demonstrando os cuidados para possibilitar as vendas.  *SEBRAE BR

 

Redação

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