ECONOMIA

Indústria registra maior ocupação de máquinas dos últimos cinco anos

Os Indicadores Industriais apontam que a Utilização da Capacidade Instalada está em 79%, o que não ocorria desde
junho de 2015. Dado significa que a produção está a todo vapor e se recuperando da ociosidade do início do ano
Os Indicadores Industrias, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram que a atividade industrial de setembro foi excepcionalmente forte. As horas trabalhadas na produção subiram pelo quinto mês consecutivo e a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) chegou a 79,4%. A UCI mede o quanto os equipamentos e os trabalhadores das empresas estão ocupados na produção em relação ao máximo de que pode ser produzido por um longo período sem dificuldades. A pesquisa é feita em parceria com 12 Federações Estaduais de Indústria. Os estados pesquisados respondem por mais de 90% do produto industrial brasileiro.
De acordo com a pesquisa, o faturamento aumentou 5,2% em setembro e, após cinco altas consecutivas, é o maior desde outubro de 2015. Ele também supera o registrado em setembro de 2019 em 12,6%. Apesar da grande variação na análise mensal, o faturamento ainda é negativo na comparação do acumulado de janeiro a setembro. E registra queda de 1,9% no acumulado do ano.
“Foi uma recuperação mais forte do que o esperado, mas não significa que o Brasil vai voltar crescer mais de 2% ao ano, como o Brasil precisa crescer, para o padrão de vida do brasileiro se igualar ao dos países desenvolvido”, explica o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.
Segundo ele, a indústria conseguiu se recuperar, mas ainda tem alguns problemas nas cadeias produtivas, por falta de insumos, e enfrenta problemas como o alto custo de energia, devido aos encargos sobre a conta de luz, e um alto custo tributário pela complexidade do sistema tributário nacional . “O grande desafio é voltar a agenda de competitividade, principalmente a da reforma tributária, para que o Brasil tenha realmente uma indústria competitiva e volte a crescer mais de 2% ao ano, para o bem de sua população”.

 

 

Redação

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