GERAL

IBGE: 40,3% dos adultos são considerados sedentários no país

No Brasil, 47,5% das mulheres eram pouco ativas em 2019
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, na população de 18 anos ou mais de idade, 40,3% foram classificados como insuficientemente ativos, ou seja, não praticaram atividade física ou praticaram por menos do que 150 minutos por semana considerando lazer, trabalho e deslocamento para o trabalho.
No Brasil, 47,5% das mulheres eram pouco ativas em 2019. Já os homens apresentaram uma taxa de 32,1%. Mais da metade (59,7%) das pessoas de 60 anos ou mais de idade era insuficientemente ativa, e o grupo de idade menos sedentário foi o de 18 a 24 anos de idade (32,8%), seguido do grupo de 25 a 39 anos (32,9%).
Na PNS 2019, 34,2% dos homens com 18 anos ou mais praticaram o nível recomendado de atividade física no lazer, enquanto para as mulheres este percentual foi de 26,4%. No mesmo período, a média brasileira foi de 30,1%. Em 2013, esta média foi de 22,7%, enquanto os percentuais de homens e mulheres foram de 27,3% e 18,6%, respectivamente.
São considerados indivíduos fisicamente ativos no lazer aqueles que realizam qualquer prática de atividade física fora do âmbito da escola ou trabalho, por exemplo, por mais de 150 minutos para as consideradas moderadas ou 75 minutos para as classificadas como vigorosas na semana. São exemplos de atividades físicas moderadas: caminhada, musculação, hidroginástica. Já corrida, basquete, futebol, ginástica aeróbica e tênis são tidos como atividades vigorosas.
No âmbito doméstico, estimou-se que 15,8% dos adultos praticavam atividade física por no mínimo 150 minutos semanais, tais como faxina pesada ou atividades que requerem esforço físico intenso. Este indicador mostrou-se fortemente concentrado no público feminino, no qual 21,8% praticavam 150 minutos de atividade física nas tarefas domésticas, enquanto no público masculino foi de 9,1%.
Consumo de álcool
Além do sedentarismo, a PNS, feita em 108 mil domicílios em parceria com o Ministério da Saúde, investigou outros fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como o consumo de álcool.
No ano passado, 26,4% da população com 18 anos ou mais costumava consumir bebida alcoólica uma vez ou mais por semana, o que representa aumento de 2,5 pontos percentuais em relação a 2013 (23,9%).
Em 2019, a proporção de homens que tinham o hábito de consumir bebida alcoólica ao menos uma vez por semana era de 37,1%, superior ao observado entre as mulheres (17%). A proporção de mulheres que consumiam bebida alcoólica uma vez ou mais por semana cresceu 4,1 pontos percentuais frente a 2013 (12,9%) enquanto o percentual dos homens ficou praticamente estável (36,3%).
Entre as pessoas que dirigiam carro ou motocicleta, a PNS estimou a proporção de indivíduos que dirigiram após o consumo de bebida alcoólica. Este percentual, para o Brasil, foi de 17%, o equivalente a 7,2 milhões de pessoas. Essas taxas foram maiores entre homens (20,5%) do que entre as mulheres (7,8%).
Alimentação
Segundo o IBGE, a alimentação adequada e saudável representa importante condição para a manutenção da saúde e bem-estar, enquanto evidências crescentes têm demonstrado a relação entre as doenças crônicas e o consumo de alimentos não saudáveis como os ultraprocessados.
A PNS 2019 considera como consumo recomendado a ingestão de hortaliças ou frutas pelo menos 25 vezes por semana, tendo um consumo mínimo de cinco frutas (inclusive suco de fruta natural) e cinco hortaliças por semana. Em 2019, 13% das pessoas, no Brasil, tiveram o consumo recomendado de frutas e hortaliças, dos quais 15,4% entre as mulheres e 10,2% entre os homens.
A proporção de pessoas que consumiram cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados foi 14,3%. As pessoas residentes em áreas rurais registraram percentual menor (7,4%) em relação aos residentes das áreas urbanas (15,4%).
A pesquisa também constatou que o tabagismo está em declínio no Brasil. Em 2019, entre a população com 18 anos ou mais de idade, a prevalência de usuários de produtos derivados de tabaco, fumado ou não fumado, de uso diário ou ocasional foi de 12,8% (20,4 milhões de pessoas), contra 14,9% em 2013.  Agência Brasil
IBGE: pelo menos uma doença crônica afetou 52% dos adultos em 2019
Dado é da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada hoje
No Brasil, 52% das pessoas de 18 anos ou mais informaram que receberam diagnóstico de pelo menos uma doença crônica em 2019. É o que mostra a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, feito em 108 mil domicílios, tem parceria com o Ministério da Saúde.
Segundo o IBGE, as doenças crônicas são um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil e do mundo, com impactos que permeiam a ocorrência de mortes prematuras, a perda de qualidade de vida, o aparecimento de incapacidades e elevados custos econômicos para a sociedade e para os sistemas de saúde.
A hipertensão arterial atinge 23,9% dos indivíduos, o que representa 38,1 milhões de pessoas (26,4% mulheres e 21,1% homens). Em 2013, eram 21,4%. A pressão alta é mais comum à medida que a população envelhece: 56,6% das pessoas de 65 a 74 anos tiveram esse diagnóstico e 62,1% entre a população de 75 anos ou mais de idade.
O Brasil tem 16,3 milhões de pessoas diagnosticadas com depressão. Foi estimado que 10,2% das pessoas de 18 anos ou mais de idade receberam diagnóstico de depressão por profissional de saúde mental contra 7,6% em 2013. Em mulheres, a prevalência da doença é de 14,7%, frente a 5,1% entre os homens. Entre as pessoas que informaram diagnóstico de depressão,18,9% faziam psicoterapia e 48% usaram medicamentos para a doença nas duas últimas semanas anteriores à pesquisa.
No ano passado, 14,6% das pessoas de 18 anos ou mais de idade (23,2 milhões) tiveram diagnóstico médico de colesterol alto. Em 2013, foram 12,5%. As mulheres apresentaram proporção maior de diagnóstico médico de colesterol alto (17,6%) do que os homens (11,1%).
A PNS estimou que 7,7% da população de 18 anos ou mais de idade informaram ter recebido diagnóstico médico de diabetes, o equivalente a 12,3 milhões de pessoas, sendo 8,4% das mulheres e entre homens, 6,9%. Em 2013, foram 6,2%.
Em 2019, 5,3% (8,4 milhões) de pessoas de 18 anos ou mais de idade tiveram diagnóstico médico de alguma doença do coração. Em 2013, foram 4,1%. No grupo dos mais idosos, com 75 anos ou mais de idade, 17,4% relataram diagnóstico médico de alguma doença do coração.
Entre a população adulta, 2% informaram diagnóstico de acidente vascular cerebral, representando aproximadamente 3,1 milhões de pessoas de 18 anos ou mais.
Em 2019, a Pesquisa Nacional de Saúde estimou que 2,6% das pessoas de 18 anos ou mais de idade (4,1 milhões de adultos) receberam diagnóstico médico de câncer no Brasil. Em 2013, foi 1,8%.
No ano passado, foram estimadas aproximadamente 21,6% de pessoas de 18 anos ou mais de idade (34,3 milhões) que relataram problema crônico de coluna no Brasil. Em 2013, eram 18,5%.
Segundo a PNS, em 2019, haviam no Brasil 159,1 milhões de pessoas com 18 anos ou mais de idade. Dessas, 66,1% autoavaliaram sua saúde como boa ou muito boa – percentual similar ao referido em 2013 (66,2%). Já 28,1% avaliaram seu estado de saúde como regular, e 5,8%, como ruim ou muito ruim.
Saúde bucal
Em 2019, a proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade que escovava os dentes pelo menos duas vezes por dia (93,6%) cresceu em relação a 2013 (89,1%), e 69,7% avaliaram a sua saúde bucal como boa ou muito boa.
A PNS 2019 estimou que 49,1% (ou 78,2 milhões de pessoas) dos adultos haviam consultado um dentista nos últimos 12 meses anteriores à data da entrevista. Praticamente um em cada três adultos (33%) usava algum tipo de prótese dentária (33,4% em 2013).  Agência Brasil

 

Redação

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