TURISMO

Gastronomia brasileira atrai turistas em busca de experiências marcantes

O que você procura quando viaja? Conhecer lugares novos, fazer novas amizades ou simplesmente sair da rotina? Para alguns viajantes, a boa gastronomia está no topo das prioridades. Esses escolhem destinos e criam roteiros com foco exclusivo em provar determinados alimentos locais. A gastronomia brasileira, na categoria de serviços, foi muito bem avaliada por 95,9% dos turistas internacionais que visitaram o Brasil em 2018, segundo dados do Boletim Informativo do Turismo Receptivo Brasileiro do Ministério do Turismo (MTur).
Parte da série de matérias especiais que a Agência de Notícias da Confederação Nacional de Municípios (CNM) promove nesta semana em virtude do Dia Mundial do Turismo, apresentamos um pouco mais sobre duas potências da culinária brasileira: a Serra da Canastra e a Serra Gaúcha. Dois lugares conhecidos por inúmeros atrativos e que contam com uma gastronomia muito peculiar e capaz de promover experiências marcantes e imersivas.
Com os viajantes buscando cada vez mais experiências autênticas durante suas viagens, o turismo gastronômico apresenta-se como uma ótima oportunidade para os turistas envolverem-se mais profundamente na história local. De acordo com The World Food Travel Association, 93% dos viajantes podem ser considerados “food travelers”, ou seja, viajam com o objetivo principal de provar comidas e bebidas nos lugares em que visitam. Então embarque conosco nessa viagem e experimente conhecer mais sobre esses dois destinos.
Serra da Canastra
A região da Serra da Canastra, no sudoeste de Minas Gerais, possui algumas das mais deslumbrantes e desconhecidas paisagens do Brasil. A região tem mais de 200 mil hectares e abrange sete Municípios: São Roque de Minas, Vargem Bonita, Sacramento, Delfinópolis, São João Batista do Glória, Piumhi e Capitólio. A maior atração é o Parque Nacional da Serra da Canastra, criado em 1972, para proteger as nascentes do Rio São Francisco.
Mas por quê Serra da Canastra? A Serra da Canastra tem o formato de um baú, daí a origem do nome, pois canastra é um tipo de baú antigo. A cachoeira Casca d’Anta com aproximadamente 186 metros de altura é um dos principais atrativos do Parque, saindo de um corte natural da Serra de aproximadamente 144 metros – a altura da Serra chega a 330 metros. O Rio São Francisco nasce 14 quilômetros antes da sua queda principal.
A Serra da Canastra, ainda é uma região onde a cafeicultura é o principal produto agrícola, mas que tem divido espaço para outros produtos como os queijos artesanais feitos com leite cru vencedores de concursos no Brasil e no exterior. O clima na Canastra é tropical de altitude, com temperatura beirando os 30º no verão e chuvas frequentes, e inverno seco, com céu sem nuvens durante o dia e noites frias, podendo a temperatura baixar dos 10º.
Capitólio
Capitólio é a mais badalada cidade da Canastra por conta de seu principal atrativo, o Lago de Furnas, um dos maiores lagos artificiais do mundo, com 1.440 quilômetros quadrados. Conhecida por muitos como o “Mar de Minas”, a cidade possui o maior número de embarcações (barcos e lanchas) do estado de Minas Gerais. Falando em rio, o principal elemento da culinária do Município de Capitólio é um peixe. Lá está instalada a Represa de Furnas, o que o torna um potencial para a criação de tilápia e traíra, por exemplo. Aliás, a tilápia tem se tornado um dos produtos mais buscados por turistas que visitam o Município. A Agência de Notícias da CNM conversou com a secretária de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Capitólio, Andreia Rodrigues, que contou como a prefeitura trabalha para potencializar o turismo gastronômico na região.
O prefeito fala muito, aqui em nossa cidade, que o turismo não é apenas a beleza natural. Para desenvolver bem o nosso turismo temos seguido três pilares, que são: as belezas naturais, a gastronomia e a cultura. Afinal, se o turista está aqui ele precisa comer, e, de preferência, que ele coma bem”, contou a secretária. “A gente quer tornar Capitólio uma referência gastronômica na utilização da tilápia como prato principal”, expôs. Ela também explicou quais ações a prefeitura tem feito para potencializar a atividade. “Nós criamos o Festival gastronômico com o objetivo de capacitar os nossos restaurantes a trabalharem nossos produtos típicos como a tilápia, a traíra e a comida mineira em geral”, afirmou.
Segundo a secretária, essas capacitações são promovidas com apoio de instituições com vasta experiência em cursos profissionalizantes como o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Além disso, há consultorias in loco para elaboração de pratos e sugestão de preços nos restaurantes interessados. Outra forma de especialização também é dada a cozinheiros autônomos que trabalham com a gastronomia típica da região.
Serra Gaúcha
Das belezas naturais e comidas aconchegantes do Sudeste viajamos direto para o Sul do país –para a Serra Gaúcha que também não perde em belezas naturais e culinária rica e diversificada. Com forte influência alemã e italiana, a produção de uvas e vinho é muito desenvolvida na indústria turística. A região das serras tem como principais e maiores cidades Caxias do Sul, Farroupilha, Gramado, Canela, Vacaria, Nova Petrópolis, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Garibaldi, São Francisco de Paula, Antônio Prado, Nova Roma do Sul, Nova Prata, Veranópolis, Bom Jesus, Flores da Cunha, Nova Pádua, São Domingos do Sul, Nova Bassano, Paraí e Nova Araçá, Guaporé, Cotiporã, São Valentim do Sul, Dois Lajeados, Serafina Corrêa, São Jorge, dentre outras.
A região possui na paisagem um de seus mais belos patrimônios. São morros, colinas, vales e rios que se constituem em um ambiente com inúmeras opções, atividades e possibilidades de visitação. O cultivo da videira está presente em 16 Municípios da região. Uma das experiências oferecidas por alguns deles é acompanhar a elaboração dos vinhos e degustar o resultado desta elaboração nas cantinas. As baixas temperaturas potencializam as produções e atraem turistas durante o inverno, que, eventualmente, em busca de neve, embora as nevadas com acumulações no solo sejam muito raras, fortes geadas são frequentes.
Além do clima, a região possui belas paisagens, formadas por cânions, cascatas e mata de araucária. E um dos mais fortes potenciais é rica gastronomia da região. A Gastronomia da Serra Gaúcha é referência nacional e internacional e experimentá-la é essencial para conhecer a cultura da região. Há delícias como sequência de fondue, café colonial, churrasco no espeto, além de comidas típicas da culinária italiana e muitas outras.
Canela
O potencial turístico do Município de Canela tem aumentado a cada ano e por isso a Agência de Notícias também conversou com o prefeito de Canela, Constantino Orsolin, para entender como, por meio da gastronomia, a região conseguiu aprimorar seus atrativos. “Não existe tursimo forte, sem uma gastronomia forte. Os Municípios que vivem que nem Canela, com 65% da sua economia em cima do turismo tem que se preocupar com a culinária. E Canela e toda região tem uma excelente gastronomia”, defendeu o gestor.
Entre os alimentos que são mais procurados pelos turistas que visitam a região Constantino destacou: fondue; cafés coloniais, o churrasco, a pizza. “O importante é ter um cardápio diversificado e que atenda a todos os gostos e bolsos”, explicou. “A prefeitura de Canela incentiva a todos os eixos do turismo, e gastronomia não fica de fora. Nós temos dois eventos anuais com a presença de chefs gourmet que acontece por meio de uma parceira entre a prefeitura e o jornal local”, contou. O gestor destacou a importância das parceiras e eventos voltados para a gastronomia como forte potenciais. “Os eventos são momentos únicos e que geram para Canela algo em torno de 6 milhões de visitantes”, completou.

CNM

 

 

Redação

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