AGRONEGÓCIO

Estudantes do Colégio Sesi desenvolvem cápsula orgânica para o combate de pragas em plantações agrícolas

Idealizado por alunos do ensino médio, o projeto Caterpie conquistou o primeiro lugar nas Olimpíada de Ciências do Colégio Sesi de Campo Mourão
Utilizar os resíduos alimentares sólidos que seriam descartados para desenvolver uma cápsula 100% orgânica com o propósito de combater pragas nas plantações agrícolas: esse foi o projeto inovador criado no laboratório de química e biologia pelos estudantes do Sistema Fiep do Colégio Sesi de Campo Mourão.
“Tudo começou quando, no decorrer de pesquisas relacionadas à sustentabilidade, descobrimos que o cidadão campo mourense consome cerca de 30 litros de agrotóxicos por ano, um número alarmante. Foi então que após muitas pesquisas a minha equipe desenvolveu uma cápsula orgânica para substituir a utilização desses agrotóxicos nas lavouras”, conta Desirée Adrielle Nascimento Bonfim, uma das alunas idealizadoras do projeto.
A ideia foi evoluindo após uma série de reuniões sobre produção do lixo. “Somando isso aos conhecimentos adquiridos nas aulas de biologia sobre controle biológico, surgiu a ideia da cápsula Cartepie”, acrescentou a estudante. O projeto conquistou o primeiro lugar na quarta edição das Olimpíadas de Ciências Colégio Sesi de Campo Mourão.
Projeto Caterpie
O projeto consiste em uma cápsula produzida com sobras e cascas de frutas e vegetais. As cascas são secas ao sol e posteriormente moídas até se transformarem em uma farinha. “A farinha deve ser misturada a uma cola a base de amido de milho, produzida ao misturar amido de milho a água fervente, adicionando posteriormente vinagre que possui uma função antifúngica. Após secas, podem ser fechadas, pronta para uso”, explica Desirée. A proposta é inserir as cápsulas orgânicas no solo, dando a ela também a função de adubo, substituindo assim os agrotóxicos utilizados em grande escala nas áreas agrícolas. As cápsulas ainda não estão sendo comercializadas.
Olimpíadas de Ciências Colégio Sesi
Criada em 2016, a Olimpíada de Ciências surgiu a partir de pesquisas ao Google Science Fair. “Ao longo desses anos, abordamos as mais distintas temáticas de cunho social como destinação de alimentos, combate à dengue, inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência, desenvolvendo produtos e trabalhos que possam ser apresentados em diversos eventos científicos”, esclarece Camila Zanella, analista de educação da Fiep.
Entre os objetivos da Olimpíada está ampliar o acesso de novos conhecimentos aos alunos para a resolução de problemas, inovação e interesse na pesquisa científica. A competição premia os três melhores projetos envolvidos em temáticas de cunho social e ambiental. “A Olimpíada de Ciências é uma ação promovida anualmente pela gerência executiva de educação do Sistema Fiep com o intuito de despertar nos participantes a curiosidade, criatividade e a solução de problemas”, explica Daiane Pereira, coordenadora de educação do Sistema Fiep da unidade de Campo Mourão. A atividade se estende durante todo o ano letivo, com entrega de produções referentes aos desafios propostos na edição.

Agência Senado

 

Redação

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