ECONOMIA

Cresce o impacto do COVID-19 na economia internacional

“O impacto da pandemia sobre a economia mundial chama a atenção não só pela sua extensão, mas também por sua ampla disseminação regional e setorial, todos sem precedentes na série histórica dos indicadores. Esse conjunto de informações mostra uma crise gerada por fundamentos muito distintos daqueles responsáveis por recessões recentes” comenta Paulo Picchetti
A edição de abril dos barômetros Coincidente e Antecedente da Economia Global, do KOF Swiss Economic Institute (KOF) e do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), mostra que a pandemia do coronavírus vem exercendo um impacto crescente sobre a economia mundial. A segunda queda forte e seguida dos dois indicadores foi causado pela disseminação do impacto da doença para além da região asiática.

 

 

O Barômetro Global Coincidente caiu 8,5 pontos em abril, de 77,9 pontos para 69,4 pontos, o menor nível desde maio de 2009, sinalizando aprofundamento da desaceleração do PIB Mundial. O Barômetro Global Antecedente recuou 12,5 pontos no mês, ao passar de 86,9 pontos em março para 74,4 pontos em abril. O resultado de ambos os indicadores mostra que a disseminação da epidemia para fora da região asiática fez com que a crise de saúde abalasse economias de todos os continentes.
“O impacto da pandemia sobre a economia mundial chama a atenção não só pela sua extensão, mas também por sua ampla disseminação regional e setorial, todos sem precedentes na série histórica dos indicadores antecedente e coincidente do Barômetro. Além desses aspectos, a velocidade da crise também impressiona, na medida em que as inflexões nos indicadores antecedente e coincidente são virtualmente simultâneas. Esse conjunto de informações mostra uma crise gerada por fundamentos muito distintos daqueles responsáveis por recessões recentes, mesmo entre aquelas afetando vários países em um mesmo intervalo de tempo” comenta Paulo Picchetti, pesquisador do FGV IBRE.
Barômetro Coincidente – regiões e setores
Enquanto em março a queda do Barômetro Coincidente havia se concentrado na região da Ásia, Pacífico e África neste mês disseminou-se para as três grandes regiões pesquisadas. A região da Ásia, Pacífico e África novamente exerceu a maior contribuição para o resultado, seguida do Hemisfério Ocidental (América do Norte, América Latina e Caribe) e da Europa. Em termos setoriais, a maior contribuição para a queda veio do conjunto de variáveis que refletem a evolução das economias em nível mais agregado (Desenvolvimento Econômico Geral), seguida pelo Comércio (Varejo e Atacado), Indústria e Serviços. O setor da Construção vem sofrendo menos que os outros, mas a queda de abril superou a do mês anterior.

 

Barômetro Antecedente – regiões e setores
O Barômetro Antecedente antecipa os ciclos das taxas de crescimento mundial entre três a seis meses. Todas as regiões contribuíram para a queda do indicador em abril, com destaque para o Hemisfério Ocidental, seguido pelas regiões da Ásia, Pacífico e África e Europa. A queda também foi bastante espalhada em termos setoriais. Todos os setores contribuíram com a queda do Barômetro Antecedente, com destaque para as variáveis ligadas ao Desenvolvimento Econômico Geral, Indústria, Comércio e Construção. A menor contribuição, não tão distante da Construção, veio dos segmentos do setor de Serviços, que até o mês passado ainda evoluíam favoravelmente no nível mais agregado.

 

O estudo completo está disponível no site.

FGV

Redação

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