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Cinco habilidades da inteligência emocional para ter uma comunicação eficaz

 

As emoções podem influenciar as ações e reações, por isso é importante ficar atento a elas. Refiro-me aos diferentes aspectos de estado emocional: alegria, tristeza, raiva, medo e afeto. São inúmeras as maneiras como elas podem se manifestar e não há um limite de tempo. Ou seja, em um mesmo dia é possível sentir diferentes emoções. Por este e outros aspectos é importante desenvolver a inteligência emocional, que é a capacidade de administrar as emoções do dia a dia e colocá-las a seu favor.
Da mesma maneira que as ações e reações dependem das emoções, podemos afirmar que comunicação positiva e eficaz está diretamente ligada à inteligência emocional. Sendo assim, quem desenvolve a inteligência emocional desenvolve uma comunicação de fato eficaz.
No relatório “The Future of Jobs”, produzido pelo Fórum Econômico Mundial, foram listadas as dez competências necessárias para que as pessoas estejam adaptadas ao contexto da Quarta Revolução Industrial e a inteligência emocional é uma delas.
É possível desenvolver habilidades que estão diretamente ligadas à inteligência emocional e que irão garantir uma comunicação de fato eficaz.
De acordo com a psicanalista e coach executiva Suely Marques de São Paulo, o AUTOCONTROLE é uma dessas habilidades. “Não podemos impedir que uma emoção seja sentida, porém podemos decidir o que fazer a partir do momento que a identificamos”, afirma a especialista. A partir dessa habilidade, o indivíduo desenvolve a capacidade de controlar e adaptar os comportamentos e reações face aos sentimentos e emoções experimentados.
Essa capacidade está intimamente ligada a outra habilidade, a do AUTOCONHECIMENTO. Quando a pessoa conhece a si, é possível entender as ações e reações que terá mediante determinadas emoções e isso facilita a forma como a relação com o outro é percebida, tornando o convívio fluido e efetivo. “É imprescindível que seja analisado como reagimos a cada interlocutor, o que nos desconforta e principalmente, quais características em nós mesmos incomoda o outro, assim podendo desenvolver a empatia”, afirma o palestrante e mentor, Henri Cardim.
“O profissional que se conhece tem uma vantagem competitiva imensa, percebendo o cenário de forma mais rápida e objetiva, reduzindo as situações de conflitos, ganhando tempo e decidindo de forma inteligente”, completa Cardim.
O aforismo grego ‘Conhece-te a ti mesmo’, normalmente atribuído ao filósofo Sócrates (479-399 a.C.), é a inscrição que se via na entrada do Oráculo de Delfos – local esse dedicado a Apolo (na mitologia grega, o deus da luz e do sol, da verdade e da profecia), e onde se buscava o conhecimento do presente e do futuro e apesar de tudo ainda continua podendo ser usado.
Apesar das rápidas mudanças tecnológicas, bem como as adversidades contemporâneas, a busca por desenvolver a habilidade de conhecer a si é essencial.
Desenvolver o autoconhecimento amplia a visão e encurta os caminhos para uma comunicação que busca soluções e acordos. “As negociações são mais assertivas partindo de seu autoconhecimento e do reconhecimento do outro”, destaca Cardim.
Uma comunicação eficaz não depende somente de dominar a arte da oratória. É necessário o aumento da compreensão, segundo a perspectiva alheia e não mais somente segundo a perspectiva individual e isto nada mais é do que desenvolver a EMPATIA para alavancar a habilidade de comunicar. “Desenvolver a escuta empática, significa ter uma escuta voltada para compreender e não somente responder”, explica Gilian Follador, coach ICF de Vitória e facilitadora de workshops para desenvolvimento de soft skills.
Follador destaca ainda que “com o desenvolvimento da empatia é possível humanizar as relações e potencializar o pensamento criativo através do trabalho colaborativo”.
Há algumas ferramentas que auxiliam no desenvolvimento dessas habilidades, como, por exemplo, o Process Communication Model (PCM), uma metodologia de comunicação desenvolvida pelo psicólogo americano Taibi Kahler, nos anos 1970, e que considera os diferentes aspectos de personalidades, bem como o porquê e como as pessoas se comunicam.
Há muitos desafios quando o assunto é comunicação, principalmente quando o foco está nas diferenças e não nas semelhanças. FALAR A LINGUAGEM DO INTERLOCUTOR é uma habilidade que garantirá uma troca com conexão positiva. “Entender e respeitar que nossos interlocutores veem o mundo de uma forma diferente da nossa e têm motivações diferentes das nossas é primordial para uma comunicação positiva e enriquecedora”, afirma Jean Clément Rose, trainer e mentor em comunicação e que utiliza a metodologia PCM.
Para todas as habilidades até aqui citadas serem desenvolvidas ou ativadas é fundamental a busca pela motivação intrínseca ou a AUTOMOTIVAÇÃO. O psicólogo Lucas Franco Freire de Salvador explica que a automotivação, “possivelmente, é a nossa maior fonte de engajamento e é a habilidade que nos faz entender claramente o valor do esforço, nos dando força para continuar insistindo, e nos fazendo lutar por nossos objetivos”.
Buscar o desenvolvimento dessas cinco habilidades, trará o resultado de se comunicar melhor, tendo a inteligência emocional como ponte para alcançar este objetivo.

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Redação

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