ECONOMIA

Brasil enfrenta desafios para reduzir desigualdades

Publicação do Ipea avalia situação do país para alcançar o décimo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU
As reformas estruturantes em processo no Brasil terão consequências profundas sobre as desigualdades socioeconômicas e políticas, bem como o combate a discriminações. Os desafios para cumprir a meta global de redução das desigualdades dentro dos países e entre eles, definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2030, vão desde os efeitos das reformas trabalhista e previdenciária às soluções para o equilíbrio fiscal, como a reforma tributária.

A análise foi feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ao avaliar o décimo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), um dos 17 ODS assumidos pelo Brasil e por mais 192 estados-membros da ONU. O Caderno ODS 10 – O que mostra o retrato do Brasil? faz um diagnóstico da situação do país para alcançar essa meta global, bem como o combate a discriminações de todos os tipos.
As políticas associadas às reformas estruturantes, conforme a publicação, vão impor novos desafios para o Brasil cumprir o ODS 10. “Temos que ampliar a igualdade de oportunidades e reduzir a desigualdade de resultados, garantindo que não haja excluídos no caminho do desenvolvimento”, destaca Sandro Sacchet de Carvalho, pesquisador do Ipea e autor da publicação.

A publicação do instituto aponta um crescimento médio nacional de 3,52% nos rendimentos do trabalho, entre 2016 e 2018. Para os 40% mais pobres da população, o resultado foi superior à média nacional: aumento de 4,45%. Já os 10% mais ricos obtiveram melhoria de 3,72% na renda do trabalho, mostra o estudo do Ipea.

Esse quadro é bastante diferente, quando se avalia o rendimento domiciliar per capita, que considera todas as fontes de renda. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do IBGE para 2016 e 2017, o rendimento domiciliar per capita dos 40% mais pobres caiu 1,2%, enquanto a média nacional subiu 2,5%. Para os 10% mais ricos da população, o crescimento foi de 7,5%.
O estudo indica ainda que desde 2015 vem crescendo a proporção de domicílios sem renda do trabalho: no final de 2014, esse percentual representava 19%, aumentando para 22,5%, no segundo trimestre de 2018.

Caderno ODS 10 integra uma série de publicações que visam contribuir para o esforço nacional de alcançar os 17 ODS, desafios definidos pela Agenda 2030, lançada durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015.

Ipea

 

 

 

Redação

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